sexta-feira, 3 de agosto de 2007

quinta-feira, 2 de agosto de 2007


Os contrastes

Os principais contrastes do espaço agrário da América Latina são a grande disparidade do nível tecnológico empregado nas propriedades rurais e desigual assistência oferecida pelo governo aos produtores. Outro fator que revela os contrastes do espaço agrário latino – americano é a intensa concentração fundiária, ou seja, muitas pequenas propriedades que apresentam reduzidos níveis tecnológicos e empregam técnicas tradicionais de cultivo e criação, convivem com grandes latifúndios monocultores, os quais, mesmo estando em menor número, ocupam enormes áreas. Os latifúndios monocultores investem cada vez mais em implementos agrícolas e assistência técnica, pois recebem maior apoio do governo, como subsídios, financiamentos e linhas de crédito, nas pequenas propriedades, o auxílio por parte do governo é quase inexistente.

Reforma agrária: a solução

Uma provável solução para esses problemas está na realização de uma reforma agrária, isto é, uma reorganização do espaço rural que tenha como objetivo a distribuição mais igualitária das terras e que, ao mesmo tempo, promova a tecnificação das pequenas e médias propriedades, tornando-as mais lucrativas e competitivas.
Além disso, é necessária uma política agrícola que dê prioridade aos interesses internos de cada país, ao contrário da atual política, que privilegia as classes latifundiárias internas e prioriza os interesses do mercado externo. A reforma agrária aumenta a produção agropecuária, promove uma melhor utilização das terras agricultáveis, gera empregos e fixa um grande número de pessoas no campo. Além disso, a reforma agrária pode contribuir para a estabilidade social e política de um país, na medida em que possibilita uma melhoria nas condições de vida, sobretudo dos camponeses e trabalhadores rurais sem terra, diminuindo a pobreza, a marginalidade e a exclusão social. Porém, a dificuldade em promover uma reforma agrária reside no fato de que os latifundiários exercem uma forte influência no cenário político da maioria dos países da América Latina. Uma grande parte da classe política que governa esses países é composta pelos próprios latifundiários que, em defesa de seus interesses pessoais, impedem que o estado realize os projetos de reforma agrária. Desse modo, em muitos países latino-americanos surgem grupos e movimentos populares que reivindicam uma distribuição mais igualitária das terras, entre outras medidas de interesse social.

Os latifundiários

Os latifundiários são privilegiados pois, como tem condições, compram máquinas e outros objetos desenvolvidos que são muito mais eficientes e realizam as tarefas com mais rapidez em menos tempo, substituindo a mão-de-obra humana. Essa substituição de humanos por máquinas causou um crescimento populacional muito grande nas cidades, além de falta de empregos e aumento da marginalidade. Todas as pessoas que perderam empregos deixaram o campo e foram para cidades, em busca de uma vida melhor, mas a realidade não foi a esperada, o que causou grande parte das conseqüências acima. Já os minifundiários normalmente não possuem renda suficiente para investirem em máquinas desenvolvidas e acabam utilizando técnicas rudimentares, o que os deixa bem atrás em relação à produção dos latifundiários.

Os contrastes do espaço agrário latino - americano