quinta-feira, 2 de agosto de 2007


Reforma agrária: a solução

Uma provável solução para esses problemas está na realização de uma reforma agrária, isto é, uma reorganização do espaço rural que tenha como objetivo a distribuição mais igualitária das terras e que, ao mesmo tempo, promova a tecnificação das pequenas e médias propriedades, tornando-as mais lucrativas e competitivas.
Além disso, é necessária uma política agrícola que dê prioridade aos interesses internos de cada país, ao contrário da atual política, que privilegia as classes latifundiárias internas e prioriza os interesses do mercado externo. A reforma agrária aumenta a produção agropecuária, promove uma melhor utilização das terras agricultáveis, gera empregos e fixa um grande número de pessoas no campo. Além disso, a reforma agrária pode contribuir para a estabilidade social e política de um país, na medida em que possibilita uma melhoria nas condições de vida, sobretudo dos camponeses e trabalhadores rurais sem terra, diminuindo a pobreza, a marginalidade e a exclusão social. Porém, a dificuldade em promover uma reforma agrária reside no fato de que os latifundiários exercem uma forte influência no cenário político da maioria dos países da América Latina. Uma grande parte da classe política que governa esses países é composta pelos próprios latifundiários que, em defesa de seus interesses pessoais, impedem que o estado realize os projetos de reforma agrária. Desse modo, em muitos países latino-americanos surgem grupos e movimentos populares que reivindicam uma distribuição mais igualitária das terras, entre outras medidas de interesse social.

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